A informalidade que persiste

o trabalho doméstico e racialidade no período pós pandêmico

Autores

  • Kamilla de Freiras Fernandes Centro Universitário do Pará
  • Roberta Carolina Araujo Dos Reis Universidade Federal do Pará
  • Sandra Suely Lurine Guimarães

DOI:

https://doi.org/10.29327/5282263.1-5

Palavras-chave:

interseccionalidade, trabalho doméstico, mulheres negras, COVID-19, informalidade

Resumo

O objetivo desse trabalho é analisar, à luz da perspectiva interseccional, a informalidade do trabalho doméstico, no Brasil, notadamente no período pós pandêmico. Desta feita, utilizou-se do método dedutivo, recorrendo à pesquisa bibliográfica e às informações fornecidas por institutos de pesquisa sobre os efeitos da pandemia na vida de mulheres negras.  Como é sabido, o trabalho doméstico guarda certa relação de continuidade com as atividades realizadas por mulheres escravizadas no ambiente privado, de modo que na atualidade o universo de trabalhadoras domésticas no Brasil é constituído majoritariamente por mulheres negras. O estudo chama atenção para a  questão da informalidade do trabalho doméstico que já era uma realidade mesmo antes da pandemia, mas que foi agravado em razão dessa crise sanitária, de modo que no contexto pós pandemia, há inclusive uma dificuldade dessas trabalhadoras retornarem ao mercado, o que as coloca em situação de graves vulnerabilidade. Nesse contexto, é imprescindível compreender os efeitos dessa informalidade nessa atividade laboral e conclui-se que a pandemia pode ser uma oportunidade séria de reflexão sobre a necessidade de profundas alterações nas estruturas sociais, que historicamente engendram e legitimam as desigualdades de gênero e raça que afetam sobremaneira a vida das mulheres racializadas, como ficou claro no contexto pandêmico.

Biografia do Autor

Kamilla de Freiras Fernandes, Centro Universitário do Pará

Advogada. Pós-graduanda em Direito Civil Brasileiro sob a ótica das famílias e sucessão (CESUPA). Integra o Grupo de Pesquisa (CNPQ/UFPA): Filosofia Prática: investigações em política, ética e direito – FilPed. Membro da Comissão das Mulheres e Advogadas - CMA OAB/PA e associada da Escola Brasileira de Direitos das Mulheres – EBDM. E-mail: Fernandes.kamilla15@outlook.com. Nacionalidade: Brasileira, Belém – Pará

Roberta Carolina Araujo Dos Reis , Universidade Federal do Pará

Advogada. Mestranda em Direito (PPGD UFPA). Pós-graduanda em Direito Agroambiental (CESUPA). Integra o Grupo de Pesquisa (CNPQ UFPA): Filosofia Prática: Investigações Em Política, Ética E Direito - Filped. E-mail: robertacarolinareis@gmail.com. Nacionalidade: Brasileira, Belém – Pará

Sandra Suely Lurine Guimarães

Doutora em ciências sociais, Professora Da Faculdade De Direito E Programa De Pós-Graduação Em Direito Do Instituto De Ciências Jurídicas Da UFPA. Pesquisadora da Clínica de combate ao trabalho escravo da UFPA. Email: sandralurine@yahoo.com.br. Nacionalidade: Brasileira, Belém – Pará

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Publicado

09.07.2023

Como Citar

DE FREIRAS FERNANDES, K.; CAROLINA ARAUJO DOS REIS , R.; SUELY LURINE GUIMARÃES, S. A informalidade que persiste: o trabalho doméstico e racialidade no período pós pandêmico. Jus Scriptum’s International Journal of Law, [S. l.], v. 7, n. Especial, p. 164–193, 2023. DOI: 10.29327/5282263.1-5. Disponível em: https://internationaljournaloflaw.com/index.php/revista/article/view/161. Acesso em: 4 dez. 2024.